Blog da genealogia e história das famílias que povoaram os estados do Brasil, desde do inicio da colonização portuguesa até os dias de hoje. Informações, fatos e fotos, histórias e estórias, lembranças familiares, contos e causos e muita credibilidade nas fontes das postagens.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020
CORONEL ANTÔNIO JOAQUIM MARQUES DE CARVALHO JÚNIOR
O coronel Carvalho como era conhecido foi intendente de Bento Gonçalves por 32 anos, tendo assumido o seu cargo em 1892. Homem forte sob todos os aspectos, era a maior autoridade da sua comarca que na época também abrangia Veranópolis e Nova Prata. Foi o procurador de Dona Placidina Vieira de Araújo e depois da morte dela pleitiou parte das terras de seu testamento.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020
terça-feira, 11 de fevereiro de 2020
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020
domingo, 9 de fevereiro de 2020
sábado, 8 de fevereiro de 2020
REVOLUÇÃO GAÚCHA DE 1923 - HERÓIS CAUDILHOS
Marcadores:
Revolução de 1923,
Rio Grande do Sul.
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020
REVOLUÇÃO DE 1923 NO RIO GRANDE DO SUL
A Revolução de 1923 foi
o movimento armado ocorrido no estado brasileiro do Rio Grande do
Sul, no ano de 1923, em que lutaram, de um lado, os partidários do
presidente do Estado, Borges de Medeiros, conhecidos como Borgistas ou Ximangos, que usavam no pescoço um lenço
branco, e de outro os revolucionários aliados de Joaquim Francisco de Assis Brasil,
chamados Assisistas ou Maragatos,
que usavam no pescoço um lenço vermelho.
Borges de Medeiros
Antecedentes
Republicano e positivista, mas
de viés bastante autoritário, Júlio Prates de Castilhos, o
Patriarca, como era chamado, governou o Rio Grande do Sul com mão de ferro,
de 1891,
até sua morte prematura, em 1903. Para se manter no poder, tomou duas providências:
redigiu praticamente sozinho e fez aprovar uma Constituição autoritária e
montou uma poderosa máquina política no Partido Republicano Rio-Grandense (PRR),
com seus incontáveis chefes locais e seu séquito de agregados, presentes em
mais de cem municípios do estado. Ao morrer, ficou claro que se fora o ditador,
mas a ditadura republicana continuava viva.
Castilhos foi substituído na
presidência do Estado por Borges de Medeiros, que seguiu adotando os mesmos
métodos e que também tinha como objetivo perpetuar-se no poder. Em 1922, Borges resolve candidatar-se
mais uma vez à presidência, e contava, como sempre, com a força do PRR, que não
hesitava em apelar para a fraude e a violência, para garantir a vitória.
Todavia, dessa feita, houve um
fato novo: formou-se uma aliança entre vários segmentos da sociedade gaúcha,
para estimular uma oposição organizada. O veterano político Assis Brasil
desafia Borges na disputa nas urnas.
Divide-se, assim, o Rio
Grande, entre Borgistas ou Ximangos, numa alusão
ao pseudônimo dado a Borges por Ramiro
Barcelos, Antônio Chimango, e Assisistas ou Maragatos,
como eram chamados os adeptos do Partido Federalista.
A campanha eleitoral ocorre
sob um clima de repressão e violência. Opositores do governo são presos,
espancados e até mortos. Locais de reunião dos Assisistas são
fechados e depredados pela polícia Borgista.
Quando se anunciou o resultado
das urnas, com a previsível vitória de Borges de Medeiros, a revolta foi geral.
A comissão apuradora de votos, formada por pessoas fiéis ao governo, foi
acusada de fraude eleitoral pela oposição. A disputa nas urnas transformou-se
em disputa pelas armas. A oposição, liderada por Assis Brasil, aderiu à revolta
armada para derrubar Borges de Medeiros, que toma posse para um novo mandato,
em 25 de janeiro de 1923.
Setores importantes da
sociedade gaúcha já andavam descontentes com o governo. A política econômica de
Borges precipitara o estado numa crise financeira que contribuíra para
descontentar tanto a elite estancieira, como boa parte do movimento operário e
estudantil. No plano nacional, Borges se isolara ao fazer oposição à
candidatura de Artur Bernardes, afinal eleito Presidente da
República.
Em verdade, o ódio entre as
facções era mais antigo. Vinha desde a Revolução Federalista de 1893, que teve como marca
a degola, dilacerando vidas e trazendo desgraça e tristeza para muitas
famílias. Essa Revolução deixou sentimentos de vingança e violência em muitos
corações, que teve quase continuidade na Revolução de 1923.
Operações militares
Os combates se iniciaram ao
final de janeiro. As cidades de Passo Fundo e Palmeira das Missões foram atacadas
pelos caudilhos maragatos
vermelhos, de Mena Barreto e Leonel da Rocha, que
encontraram forte resistência de ambos os lados, não havendo vitória.
A expectativa de Assis Brasil
e seus aliados, ao partir para a luta armada, era a de que o Presidente da
República Arthur Bernardes, que não nutria simpatias por
Borges, decretasse intervenção federal no Rio Grande do
Sul. Mas Borges, um político hábil, se aproximou de Bernardes e
frustrou as expectativas de seus opositores.
Os Maragatos, que não estavam
devidamente organizados para enfrentar as forças governistas, nem tinham
objetivos militares definidos, ficaram confusos ao verem que a pretendida
intervenção federal não viria. A continuidade da luta dependia das ações
isoladas empreendidas por José Antônio Matos Neto, o Zeca Netto.
Mas as operações militares ficavam restritas a regiões distantes de Porto Alegre e
não conseguiram causar dano às forças dos Borgistas. Logo os maragatos
começaram a se ressentir da falta de homens e de armas.
Zeca Netto sentado à esquerda
Para Assis Brasil e seus
aliados mais lúcidos, ficou claro desde logo que não havia possibilidade de
vitória militar; por isso, manifestaram disposição de negociar com o lado
contrário.
A Campanha de São Francisco de Assis e a ocupação
de Pelotas
Em setembro de 1923, quando a
Revolução já caminhava para seu declínio, pois os revolucionários já estavam
quase sem munição e acossados pelas tropas governistas, não tendo como
resistir, o general Honório Lemes resolveu, estrategicamente, passar o Rio Ibicuí,
para a sua margem direita, nas imediações do local conhecido como Passo
do Catarino, hoje Praia do Jacaquá, fugindo das tropas Borgistas,
comandadas pelo general José Antônio Flores da Cunha. Após esta passagem, que
ocorreu no dia 23 de setembro, Honório, com um grupo de mais ou menos 100
homens, ficou acampado na propriedade rural do companheiro maragato Henrique
Gregório Einsfeldt Haigert, o “Nico Bonito”, pai de Paulino Cipriano Haigert, o
Coronel Pimba, enquanto o restante, pouco mais de 250 homens, ficou sob o
comando do Coronel Hortêncio Rodrigues e seguiu em direção à então vila de São Francisco de Assis.
Estava chegando a hora de se travar o único combate da Revolução dentro de uma
povoação do Rio Grande da época.
Na madrugada de 2 de outubro,
um maragato estava encilhando cavalos nos arredores do centro de São Francisco
de Assis, quando foi atacado e morto por Borgistas, que haviam escavado uma
trincheira naquele local. Foi a gota d’água. A cidade amanheceu cercada e um
exército de aproximadamente 700 revolucionários atacou de forma suicida.
Protegidos por sacos de areia colocados nas ruas que davam acesso à praça, 80
homens das tropas governistas resistiram abrindo fogo. Mesmo com várias baixas,
a supremacia dos maragatos permitiu que a coluna continuasse avançando. Carlos
Gomes percorria as trincheiras tentando animar os companheiros, quando foi
atingido por vários tiros. “...o sangue espadanara por toda parte:
manchando trincheiras, calçadas, portas, telhados das casas e o próprio salão
da Intendência”, escreveu Flores da Cunha, governador do Estado, recordando
sua passagem por São Francisco de Assis, um dia depois da peleja.
Zeca Netto, que se opunha a
qualquer acordo com Borges, tentou uma última cartada. Imaginou que se atacasse
e tomasse uma cidade importante poderia intimidar os Borgistas. Assim, em 29 de outubro,
atacou Pelotas,
então a maior cidade do interior gaúcho, de surpresa, ao alvorecer, mas a
manteve sob seu controle por apenas seis horas, porque as hostes governistas
conseguiram se rearticular e receber reforços. Na iminência de ser atacado por
forças superiores, o velho caudilho de 72 anos de idade retirou suas tropas, sem ter havido batalha,
como ocorreu em São Francisco de Assis.
Tratado de paz
A partir deste episódio, os
maragatos já não tinham condições de seguir lutando. Por iniciativa do governo
federal, realizaram-se negociações comandadas pelo ministro da Guerra,
general Fernando Setembrino de Carvalho,
com a participação do senador João de Lira Tavares, representante do
Congresso.
Em dezembro de 1923,
pacificou-se a revolução no Pacto de Pedras Altas, no famoso castelo
daquela localidade, residência de Assis Brasil. Pelo Acordo, Borges pôde
permanecer até o final do mandato em 1928, mas a Constituição
de 1891 foi
reformada. Impediu-se o instituto das reeleições, a indicação de intendentes
(prefeitos) e do vice-presidente do Estado.
O acordo foi importante para o
Rio Grande do Sul. O sucessor de Borges no governo gaúcho foi Getúlio
Vargas, lenço branco. Em 1930, a Frente Única Rio-grandense, sob sua
liderança, assumiu o governo do país, na Revolução de 1930.
Segundo o historiador gaúcho
Antônio Augusto Fagundes, a Revolução de 1923 “foi a última guerra
gaúcha 'de feudos, do coronelismo gaúcho', fechando a trindade que se iniciara
em 1835 e
continuara em 1893”.
A Revolução de 1923 é narrada
de forma romanceada por Erico Verissimo no livro O Arquipélago,
terceira parte da trilogia O Tempo e o
Vento.
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020
CONCURSO MISS RIO GRANDE DO SUL 1941
Concurso miss Rio Grande do Sul de 1941. Candidatas vitoriosas, da esquerda para direita, Elly Harres Ely, miss Passo Fundo. Elly era filha do sr. José Carlos Ely e Alzira Harres Ely, nasceu em Nova Prata, RS, na Fazenda Tupy, onde morou até sua infância, mais tarde mudou para Passo Fundo, onde foi por duas vezes escolhida como a mais bela da cidade e posteriormente conquistou o título de miss Rio Grande do Sul.
Candidatas Gecy Nunes e Suely Moojen, escolhidas da cidade de Lagoa Vermelha, RS.
Elly Harres Ely e Syria Fernandes Seady, primeiro e segundo lugar do resultado do concurso miss Passo Fundo de 1941.
Fonte: Museu Municipal de Nova Prata, RS.
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