sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

REVOLUÇÃO DE 1923 NO RIO GRANDE DO SUL


Revolução de 1923 foi o movimento armado ocorrido no estado brasileiro do Rio Grande do Sul, no ano de 1923, em que lutaram, de um lado, os partidários do presidente do Estado, Borges de Medeiros, conhecidos como Borgistas ou Ximangos, que usavam no pescoço um lenço branco, e de outro os revolucionários aliados de Joaquim Francisco de Assis Brasil, chamados Assisistas ou Maragatos, que usavam no pescoço um lenço vermelho.
Borges de Medeiros
Antecedentes
Republicano e positivista, mas de viés bastante autoritário, Júlio Prates de Castilhoso Patriarca, como era chamado, governou o Rio Grande do Sul com mão de ferro, de 1891, até sua morte prematura, em 1903. Para se manter no poder, tomou duas providências: redigiu praticamente sozinho e fez aprovar uma Constituição autoritária e montou uma poderosa máquina política no Partido Republicano Rio-Grandense (PRR), com seus incontáveis chefes locais e seu séquito de agregados, presentes em mais de cem municípios do estado. Ao morrer, ficou claro que se fora o ditador, mas a ditadura republicana continuava viva.
Castilhos foi substituído na presidência do Estado por Borges de Medeiros, que seguiu adotando os mesmos métodos e que também tinha como objetivo perpetuar-se no poder. Em 1922, Borges resolve candidatar-se mais uma vez à presidência, e contava, como sempre, com a força do PRR, que não hesitava em apelar para a fraude e a violência, para garantir a vitória.

Todavia, dessa feita, houve um fato novo: formou-se uma aliança entre vários segmentos da sociedade gaúcha, para estimular uma oposição organizada. O veterano político Assis Brasil desafia Borges na disputa nas urnas.
Divide-se, assim, o Rio Grande, entre Borgistas ou Ximangos, numa alusão ao pseudônimo dado a Borges por Ramiro BarcelosAntônio Chimango, e Assisistas ou Maragatos, como eram chamados os adeptos do Partido Federalista.
A campanha eleitoral ocorre sob um clima de repressão e violência. Opositores do governo são presos, espancados e até mortos. Locais de reunião dos Assisistas são fechados e depredados pela polícia Borgista.
Quando se anunciou o resultado das urnas, com a previsível vitória de Borges de Medeiros, a revolta foi geral. A comissão apuradora de votos, formada por pessoas fiéis ao governo, foi acusada de fraude eleitoral pela oposição. A disputa nas urnas transformou-se em disputa pelas armas. A oposição, liderada por Assis Brasil, aderiu à revolta armada para derrubar Borges de Medeiros, que toma posse para um novo mandato, em 25 de janeiro de 1923.
Setores importantes da sociedade gaúcha já andavam descontentes com o governo. A política econômica de Borges precipitara o estado numa crise financeira que contribuíra para descontentar tanto a elite estancieira, como boa parte do movimento operário e estudantil. No plano nacional, Borges se isolara ao fazer oposição à candidatura de Artur Bernardes, afinal eleito Presidente da República.
Em verdade, o ódio entre as facções era mais antigo. Vinha desde a Revolução Federalista de 1893, que teve como marca a degola, dilacerando vidas e trazendo desgraça e tristeza para muitas famílias. Essa Revolução deixou sentimentos de vingança e violência em muitos corações, que teve quase continuidade na Revolução de 1923.
Operações militares

Os combates se iniciaram ao final de janeiro. As cidades de Passo Fundo e Palmeira das Missões foram atacadas pelos caudilhos maragatos vermelhos, de Mena Barreto e Leonel da Rocha, que encontraram forte resistência de ambos os lados, não havendo vitória.
A expectativa de Assis Brasil e seus aliados, ao partir para a luta armada, era a de que o Presidente da República Arthur Bernardes, que não nutria simpatias por Borges, decretasse intervenção federal no Rio Grande do Sul. Mas Borges, um político hábil, se aproximou de Bernardes e frustrou as expectativas de seus opositores.
Os Maragatos, que não estavam devidamente organizados para enfrentar as forças governistas, nem tinham objetivos militares definidos, ficaram confusos ao verem que a pretendida intervenção federal não viria. A continuidade da luta dependia das ações isoladas empreendidas por José Antônio Matos Neto, o Zeca Netto. Mas as operações militares ficavam restritas a regiões distantes de Porto Alegre e não conseguiram causar dano às forças dos Borgistas. Logo os maragatos começaram a se ressentir da falta de homens e de armas.
Zeca Netto sentado à esquerda

Para Assis Brasil e seus aliados mais lúcidos, ficou claro desde logo que não havia possibilidade de vitória militar; por isso, manifestaram disposição de negociar com o lado contrário.
 A Campanha de São Francisco de Assis e a ocupação de Pelotas
Em setembro de 1923, quando a Revolução já caminhava para seu declínio, pois os revolucionários já estavam quase sem munição e acossados pelas tropas governistas, não tendo como resistir, o general Honório Lemes resolveu, estrategicamente, passar o Rio Ibicuí, para a sua margem direita, nas imediações do local conhecido como Passo do Catarino, hoje Praia do Jacaquá, fugindo das tropas Borgistas, comandadas pelo general José Antônio Flores da Cunha. Após esta passagem, que ocorreu no dia 23 de setembro, Honório, com um grupo de mais ou menos 100 homens, ficou acampado na propriedade rural do companheiro maragato Henrique Gregório Einsfeldt Haigert, o “Nico Bonito”, pai de Paulino Cipriano Haigert, o Coronel Pimba, enquanto o restante, pouco mais de 250 homens, ficou sob o comando do Coronel Hortêncio Rodrigues e seguiu em direção à então vila de São Francisco de Assis. Estava chegando a hora de se travar o único combate da Revolução dentro de uma povoação do Rio Grande da época.
Na madrugada de 2 de outubro, um maragato estava encilhando cavalos nos arredores do centro de São Francisco de Assis, quando foi atacado e morto por Borgistas, que haviam escavado uma trincheira naquele local. Foi a gota d’água. A cidade amanheceu cercada e um exército de aproximadamente 700 revolucionários atacou de forma suicida. Protegidos por sacos de areia colocados nas ruas que davam acesso à praça, 80 homens das tropas governistas resistiram abrindo fogo. Mesmo com várias baixas, a supremacia dos maragatos permitiu que a coluna continuasse avançando. Carlos Gomes percorria as trincheiras tentando animar os companheiros, quando foi atingido por vários tiros. “...o sangue espadanara por toda parte: manchando trincheiras, calçadas, portas, telhados das casas e o próprio salão da Intendência”, escreveu Flores da Cunha, governador do Estado, recordando sua passagem por São Francisco de Assis, um dia depois da peleja.
Zeca Netto, que se opunha a qualquer acordo com Borges, tentou uma última cartada. Imaginou que se atacasse e tomasse uma cidade importante poderia intimidar os Borgistas. Assim, em 29 de outubro, atacou Pelotas, então a maior cidade do interior gaúcho, de surpresa, ao alvorecer, mas a manteve sob seu controle por apenas seis horas, porque as hostes governistas conseguiram se rearticular e receber reforços. Na iminência de ser atacado por forças superiores, o velho caudilho de 72 anos de idade retirou suas tropas, sem ter havido batalha, como ocorreu em São Francisco de Assis.
Tratado de paz
A partir deste episódio, os maragatos já não tinham condições de seguir lutando. Por iniciativa do governo federal, realizaram-se negociações comandadas pelo ministro da Guerra, general Fernando Setembrino de Carvalho, com a participação do senador João de Lira Tavares, representante do Congresso.
Em dezembro de 1923, pacificou-se a revolução no Pacto de Pedras Altas, no famoso castelo daquela localidade, residência de Assis Brasil. Pelo Acordo, Borges pôde permanecer até o final do mandato em 1928, mas a Constituição de 1891 foi reformada. Impediu-se o instituto das reeleições, a indicação de intendentes (prefeitos) e do vice-presidente do Estado.
O acordo foi importante para o Rio Grande do Sul. O sucessor de Borges no governo gaúcho foi Getúlio Vargas, lenço branco. Em 1930, a Frente Única Rio-grandense, sob sua liderança, assumiu o governo do país, na Revolução de 1930.
Segundo o historiador gaúcho Antônio Augusto Fagundes, a Revolução de 1923 “foi a última guerra gaúcha 'de feudos, do coronelismo gaúcho', fechando a trindade que se iniciara em 1835 e continuara em 1893”.
A Revolução de 1923 é narrada de forma romanceada por Erico Verissimo no livro O Arquipélago, terceira parte da trilogia O Tempo e o Vento.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

CONCURSO MISS RIO GRANDE DO SUL 1941

Concurso miss Rio Grande do Sul de 1941. Candidatas vitoriosas, da esquerda para direita, Elly Harres Ely, miss Passo Fundo. Elly era filha do sr. José Carlos Ely e Alzira Harres Ely, nasceu em Nova Prata, RS, na Fazenda Tupy, onde morou até sua infância, mais tarde mudou para Passo Fundo, onde foi por duas vezes escolhida como a mais bela da cidade e posteriormente conquistou o título de miss Rio Grande do Sul.


Candidatas Gecy Nunes e Suely Moojen, escolhidas da cidade de Lagoa Vermelha, RS.


Elly Harres Ely e Syria Fernandes Seady, primeiro e segundo lugar do resultado do concurso miss Passo Fundo de 1941.



Fonte: Museu Municipal de Nova Prata, RS.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

FOTOS DE NOVA PRATA ANTIGAS

Fotos de Nova Prata em 1941, no dia 07 de Setembro, na praça da Bandeira e da grande enchente ocorrida em 1946.

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domingo, 19 de janeiro de 2020

PRIMEIRA PREFEITURA DE NOVA PRATA, RS

Foto da primeira prefeitura de Nova Prata, construida para abrigar a intendência da época, ocupada pelo Dr. Félix Engel Filho, que além de intendente era médico da região. Naquela época o local ainda era conhecido como Capoeiras, logo depois em 1889, o então Coronel Silvério Antônio de Araújo doava uma área de terras para a fundação da Capela São João do Herval, nome que também seria dado a localidade. Informações dão conta que a sede sería as margens do rio Retiro. Por volta de 1899, foi fundada a empresa Colonizadora Santa Bárbara do Prata, que tinha como sócios, Jacob Nicolau Ely, José Carlos Ely e o Dr. Félix Engel. O intuito era vender os lotes das 200 colônias adquiridas do Coronel Silvério Antônio de Araújo para moradores de Conde D' Eu, (Garibaldi) e de Montenegro.

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quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

ÓBITO DE DONA MESSIAS OSÓRIO DE ALMEIDA

Dona Messias Osório de Almeida era filha de José Bento Osório e de Dona Escolástica Joaquina Alves de Araújo, nasceu em Curitiba, foi casada com o Coronel Benedicto Abranches de Almeida, chefe das tropas de Gumercindo Saraiva no Paraná, em resistência aos legalistas, os Pica Paus como eram chamados. Ambos participaram do histórico Cerco da Lapa em 1894, uma verdadeira batalha sangrenta que durou 26 dias.
Dona Messias era também irmã de meu bisavô Francisco Bento Osório, que morou em Curitiba, onde nasceu e viveu até sua juventude, tendo mais tarde mudado para a cidade de Palmeira, no Paraná. Depois disso Francisco mudou para o Pontão, Lagoa Vermelha, onde em 1878, casou com Anúncia Machado Mendes de Araújo, vindo a ficar viúvo em 1905. Entre 1907 e 1909, o mesmo mudou para vila de São João do Herval, hoje Nova Prata. Em 01/12/1910, casou pela segunda vez com a viúva do Coronel Silvério Antônio de Araújo, Dona Placidina Vieira Gonçalves de Araújo.


Dona Messias faleceu em Curitiba, no dia 04/07/1933, foi velada na Capela da rua Conselheiro Laurindo e sepultada no Cemitério Municipal São Francisco de Paula de Curitiba.




terça-feira, 7 de janeiro de 2020

REGISTRO DO SEGUNDO CASAMENTO DE DONA PLACIDINA DE ARAÚJO

Registro de número 27 de 01 de Dezembro de 1910, de Francisco Bento Ozorio e Dona Placidina Vieira Gonçalves de Araújo. Dona Placidina após ficar viúva em 1903, contraíu suas segundas núpcias com o sr. Francisco, tendo os dois fixado residência na Fazenda do Erval em Nova Prata, RS. Deste casamento não tiveram filhos, ela faleceu no ano de 1923, ele em 1927.

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REGISTRO DE ÓBITO DE SILVÉRIO ANTÔNIO DE ARAÚJO

Registro de número 23, do dia 05 de junho de 1903, informando o óbito do Coronél Silvério Antônio de Araújo, devido a um ataque cardíaco sofrido em sua residência na Fazenda da Pratinha.

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  Sequência do registro.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

HISTORIANDO - CERTAMENTE SEU PROFESSOR DE HISTÓRIA NÃO TE ENSINOU ISSO NA ESCOLA


 Santos Dumont almoçava 3 vezes por semana na casa da Princesa Isabel em Paris.
A ideia do Cristo na montanha do Corcovado partiu da Princesa Isabel.
A família imperial não tinha escravos. Todos os negros eram alforriados e assalariados, em todos os imóveis da família. D. Pedro II tentou ao parlamento a abolição da escravatura desde 1848. Uma luta contra os poderosos fazendeiros por 40 anos.
D. Pedro II falava 23 idiomas, sendo que 17 era fluente.
A primeira tradução do clássico árabe “Mil e uma noites” foi feita por D. Pedro II, do árabe arcaico para o português do Brasil.
D. Pedro II doava 50% de sua dotação anual para instituições de caridade e incentivos para educação com ênfase nas ciências e artes.
D. Pedro Augusto Saxe-Coburgo era fã assumido de Chiquinha Gonzaga.
 Princesa Isabel recebia com bastante frequência amigos negros em seu palácio em Laranjeiras para saraus e pequenas festas. Um verdadeiro escândalo para época.
 Na casa de veraneio em Petrópolis, Princesa Isabel ajudava a esconder escravos fugidos e arrecadava numerários para alforriá-los.
Os pequenos filhos da Princesa Isabel possuíam um jornalzinho que circulava em Petrópolis, um jornal totalmente abolicionista.
D. Pedro II recebeu 14 mil votos na Filadélfia para a eleição Presidencial, devido sua popularidade, na época os eleitores podiam votar em qualquer pessoa nas eleições.
Uma senhora milionária do sul, inconformada com a derrota na guerra civil americana, propôs a Pedro II anexar o sul dos Estados Unidos ao Brasil, ele respondeu literalmente com dois “Never!” bem enfáticos.
 Pedro II fez um empréstimo pessoal a um banco europeu para comprar a fazenda que abrange hoje o Parque Nacional da Tijuca. Em uma época que ninguém pensava em ecologia ou desmatamento, Pedro II mandou reflorestar toda a grande fazenda de café com mata atlântica.
• Quando D. Pedro II do Brasil subiu ao trono, em 1840, 92% da população brasileira era analfabeta.
Em seu último ano de reinado, em 1889, essa porcentagem era de 56%, devido ao seu grande incentivo a educação, a construção de faculdades e, principalmente, de inúmeras escolas que tinham como modelo o excelente Colégio Pedro II.
• A Imperatriz Teresa Cristina cozinhava as próprias refeições diárias da família imperial apenas com a ajuda de uma empregada (paga com o salário de Pedro II).
• (1880) O Brasil era a 4º economia do Mundo e o 9º maior Império da história.
• (1860-1889) A média do crescimento econômico foi de 8,81% ao ano.
• (1880) Eram 14 impostos, atualmente são 98.
• (1850-1889) A média da inflação foi de 1,08% ao ano.
• (1880) A moeda brasileira tinha o mesmo valor do dólar e da libra esterlina.
• (1880) O Brasil tinha a segunda maior e melhor marinha do Mundo, perdendo apenas para a da Inglaterra.
• (1860-1889) O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o segundo no Mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes visuais.
• (1880) O Brasil foi o maior construtor de estradas de ferro do Mundo, com mais de 26 mil km.
• A imprensa era livre tanto para pregar o ideal republicano quanto para falar mal do nosso Imperador.
"Diplomatas europeus e outros observadores estranhavam a liberdade dos jornais brasileiros" conta o historiador José Murilo de Carvalho.
Mesmo diante desses ataques, D. Pedro II se colocava contra a censura. "Imprensa se combate com imprensa", dizia.
• O Maestro e Compositor Carlos Gomes, de “O Guarani” foi sustentado por Pedro II até atingir grande sucesso mundial.
• Pedro II mandou acabar com a guarda chamada Dragões da Independência por achar desperdício de dinheiro público. Com a república a guarda voltou a existir.
• Em 1887, Pedro II recebeu os diplomas honorários de Botânica e Astronomia pela Universidade de Cambridge.
• A mídia ridicularizava a figura de Pedro II por usar roupas extremamente simples, e o descaso no cuidado e manutenção dos palácios da Quinta da Boa Vista e Petrópolis. Pedro II não admitia tirar dinheiro do governo para tais futilidades. Alvo de charges quase diárias nos jornais, mantinha a total liberdade de expressão e nenhuma censura.
• D. Pedro II andava pelas ruas de Paris em seu exílio sempre com um saco de veludo ao bolso com um pouco de areia da praia de Copacabana. Foi enterrado com ele.
Fonte: Biblioteca Nacional RJ, IMS RJ, Diário de Pedro II, Acervo Museu Imperial de Petrópolis RJ, IHGB, FGV, Museu Nacional RJ, Bibliografia de José Murilo de Carvalho.

domingo, 5 de janeiro de 2020

RECORTES DE JORNAIS ANTIGOS

Jose Bento Ozorio era morador de Curitiba, o ano do desparecimento dos cavalos foi em 1857, tal anúncio virou tese de um TCC em univesidade paulista, o mesmo tratava as várias mudanças em nossa forma de escrever durante os anos séculos passados.

Já neste anúncio a rua onde Jo´se morava teria mudado de nome de rua Direita para rua dos Alemães.


Dona Messias Osorio de Almeida era filha de Jose Bento Ozorio e morava em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba.


Dona Benedicta Killian era irmão de Jose Bento Ozorio e morava em São José dos Pinhais, um de seus filhos mais tarde foi o primeiro prefeito eleito da cidade. Para esclarecer: Soirée significa, "Noite," ou festa particular.

sábado, 4 de janeiro de 2020

SUAS 11 GERAÇÕES ANCESTRAIS

Honre sempre seus antepassados, poís há um exército deles no céu torcendo por você.


sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

QUEM FORAM OS PRIMEIROS MORADORES DE NOVA PRATA

Nova Prata muito antes de receber seus primeiros imigrantes e colonizadores, já possuia uma pequena população de habitantes mais voltada à área de campo e as matas nativas. Em sua maioria eram pessoas naturais de outras regiões, principalmente de Lagoa Vermelha, Montenegro e do Paraná.

Tertuliano Osório Mendes

Tertuliano era um dos 12 filhos de Francisco Bento Ozório, natural do Pontão, Lagoa Vermelha, veio com o pai e mais 9 irmãos para Nova Prata, isso por volta de 1909, onde todos se estabeleceram como madeireiros e criadores de gado. Aqui conheceu Belmira Harres, filha de Jacob Harres e Lina Thein, naturais de Montenegro, que também vieram para Nova Prata mais ou menos na mesma época. O casal de alemães veio por intermédio do Coronél Jacob Nicolau Ely, intendente do estado do Rio Grande do Sul, que também era natural de Montenegro, mas na época já morava em Garibaldi.


Peter Louis Harres

Tio Pedro ou tia da malinha como era conhecido, também veio influenciado por Jacob Ely. Era irmão de Jacob Harres e foi o criador da primeira laranja sem sementes. Peter era maçon, solteiro e um andarilho pelas propriedades de sua família, o que lhe rendeu o apelido de tio da malinha.



José Carlos Ely

José Carlos Ely era irmão do intendente Jacob Nicolau Ely, natural de São Sebartião do Caí, que na epoca pertencia a Montenegro. Também veio para Nova Prata na mesma época, onde se casou com Alzira Harres, filha de Jacob Harres. Aqui comprou 200 colônias de terras do Coronél Silvério de Araújo, esposa de Dona Placidina Vieira de Araújo. Dessas terras foram feitas as primeiras colonizações italianas, na sua maioria por famílas de Garibaldi, uma vez que seu irmão lá morava, tornando assim a escolha das mesmas mais seletivas. José Carlos Ely e Alzira tiveram uma filha, Elli Harres Ely. A família morava na sua propriedade, na Fazenda Tupy, que mais tarde foi vendida ao sobrinho Arlindo Ely. Anos depois a família mudou-se então para Passo Fundo, onde viveram o resto da vida. A filha Elli, foi miss Passo Fundo e Rio Grande do Sul.


Francisco Bento Ozório

Francisco Bento Ozório, natural de Curitiba, morou na capital até sua mocidade, mudou-se mais tarde para Palmeira, no Paraná, de lá junto com seu irmão Eduardo Alves Ozório, mudaram-se para o Pontão, Lagoa Vermelha, onde casaram com as primas Anúncia Machado Mendes de Araújo e Laurentina Mendes de Araújo. Francisco e Anúncia tiveram 12 filhos, tendo um dos mais jovens, Laurentino, falecido com 19 anos, em 1907, vítima de tétano. Antes disso em 1905, Anúncia também havia falecido, o que levou Francisco a mudar para a Fazenda do Prata, por volta de 1907 a 1909. Viúvo, casou pela segunda vez com então viúva do Coronél Silvério de Araújo, Dona Placidina Vieira de Araújo, isto no ano de 1910. O casamento se realizou no cartório de Alfredo Chaves e está registrado nos livros de casamentos de Veranópolis. O casal não teve filhos, e mais uma vez em 1923, Francisco fica viúvo outra vez, tendo em 1927 falecido na sede de sua fazenda no Erval.


Florentino Osório Mendes

Florentino também era filho de Francisco Bento Ozório, casou com Gertrudes Vieira Prestes, filha de Salvador de Oliveira Prestes, (O Biriba) e de Justina Angélica de Jesus, esta que era filha de Manoel Pereira Vieira e de Francisca Angélica de Jesus, principais fundadores de André da Rocha. Florentino e Gertrudes tiveram 14 filhos, eram madeireiros e proprietários de 9 milhões de metros quadrados das terras que começavam na Capela de São Manoel, nos Eucaliptos até a Água Branca no Gaubijú.


Jacob Nicolau Ely

Jacob Nicolau Ely, intendente do Estado do Rio Grande do Sul e irmão de José Carlos Ely, ambos responsáveis pela colonização de Nova Prata, RS.